segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Sobre as Cervejas Escuras


A Cerveja Delirium Tremens é uma clássica cerveja belga de cor clara.
O que torna esta Cerveja tão especial é o leve toque de abacaxi, tornando

uma cerveja leve de se tomar.
O nome Delirium Tremens, em latin, é utilizado para descrever a reação de

psicose causada pela abstinência em alcoólatras. Deve ser por isso que o

símbolo da cerveja é um elefante cor-de-rosa.
Quando esta cerveja chegou pela primeira vez ao mercado americano tiveram

que recolher todas as garrafas pois existe uma lei por lá que proíbe o

incentivo ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Acreditava-se que seu

nome provocava as pessoas a beber como loucos além de ser ofensivo àqueles

que possuíam a reação (delirium tremens) verdadeiramente. Ela foi durante

esta época comercializada com o nome de Mateen Tripel nos EUA.

A Cerveja Delirium Tremens:

Belgian Golden Strong Ale, Ale, 8.5%ABV, garrafa 330ml.
Cor: Dourada, levemente turva.
Espuma: Boa formação e média duração, de cor branca, boa consistência.
Aroma: Malte, doce, frutado (abacaxi), fermento, fenólico, picante,

condimentado,leve álcool.
Paladar: Malte, doce, frutado (abacaxi), fenólico, picante, condimentado,

álcool, bom amargor final, bom corpo.

Cerveja Pele Vermelha

Uma das minhas cervejas preferidas, apresento a Pele Vermelha.
Uma American India Pale Ale, e que leva em sua receita, raspas da casca de

laranja.
Feito na Cervejaria Backer, a Pele vermelha  é a melhor da linha 3 Lobos.
A Cervejaria Backer  foi fundada em 1999 e registrada em cartório como a

primeira cerveja artesanal de Minas, a cervejaria Backer é uma empresa

familiar, que nasceu da iniciativa dos irmãos Halim e Munir Lebbos para

suprir uma grande demanda de cervejas especiais no Brasil. Iniciava-se a

quebra do paradigma de que somente as grandes cervejarias poderiam fabricar

cerveja com tecnologia e qualidade.
Hoje esta Cerveja é encontrada apenas em bares com os melhores rótulos de

cervejas.

Sobre a Cerveja Pele Vermelha:

Sua cor é um belo âmbar/avermelhado, espuma de boa formação e duração e 7%

de teor alcoólico.
No aroma, lúpulo, trazendo consigo notas de frutas(principalmente cítricas,

clara influência da laranja), mas ainda caramelo.
O sabor acompanha o aroma, trazendo boas doses de amargor e acidez, mas tudo

na medida certa, com excelente equilíbrio.
O final é seco, picante, levemente adstringente.
Para quem gosta de novidades, não pode deixar de experimentar esta cerveja.
Abraços e até a próxima

Sobre as Cervejas Ale

São várias as classificações que se podem escolher para diferenciar os diferentes tipos de cervejas. Há quem prefira classificá-las pelo tipo de fermentação, sendo que, deste modo, se formam dois grandes grupos: as Ale (cervejas de alta fermentação ou fermentação no alto) e as Lager (cervejas de baixa fermentação). É claro que dentro de cada um destes grupos há muitos subgrupos, havendo mesmo algumas cervejas que não se encaixam bem quer num, quer noutro grupo.
Outros itens que permitem classificar as cervejas podem ser: a sua cor (clara ou escura); o teor alcoólico (sem álcool, de baixo, médio ou alto teor alcoólico); ou ainda o teor do extrato primitivo, sendo que neste caso as podemos dividir em fracas, normais, extras e fortes.

Comecemos pois pelas cervejas do tipo Ale. Como referimos, o que difere basicamente uma cerveja Ale de uma Lager é o processo de fermentação – alta na Ale e baixa, na Lager. No caso das Ale, a fermentação dá-se num ambiente de temperatura relativamente alta, entre 15º a 24º ou mesmo mais, e isto num período de tempo curto, que rondará os três a cinco dias. Na fase de alta fermentação a  levedura sobe à superfície, sendo que o tipo de levedura utilizada é a Saccharomyces cerevisiae. Este processo é o mais antigo, daí que as cervejas do tipo Ale fossem as únicas disponíveis até meados do século XIX, altura em que foi inventada a baixa fermentação.
Este processo de alta fermentação ou fermentação a quente, realça os sabores mais complexos, frutados e lupulados da cerveja. São pois, em geral, cervejas mais encorpadas e vigorosas sendo que, apesar disso, podem variar muito de uma marca para outra, com características que vão desde o doce ao amargo e das claras às escuras.
Pelo que atrás ficou dito, não é de estranhar que dentro das Ale surjam muitas variações das quais podemos destacar: as Barley Wine; as Bitter; as Blonde Ale; as Brown Ale; as Indian Pale Ale; as Mild Ale; as Pale Ale; as Porter; as Scottish Ale e as Strong Ale. Outros tipos existirão mas estes são os mais comuns e os mais consumidos.


Altbier - Uma especialidade de Dusseldorf, a Altbier é uma cerveja de cor castanha, habitualmente oriunda da Alemanha. Sabendo que "alt" significa literalmente velho em alemão, esta designação aplica-se-lhe devido à capacidade que esta cerveja tem para envelhecer durante mais tempo do que seria normal para outros estilos. É uma cerveja bem balanceada e delicada, com boa presença de frutas e grande equilíbrio entre malte e lúpulo e uma presença mediana de gás. A Sticke é uma versão mais forte das Altbier, com maior presença de malte e lúpulo.

American Pale Ale - As American Pale Ale são cervejas claras, que vão desde o amarelo dourado até à cor de cobre. O estilo desta cerveja é definido pelo lúpulo de origem americana que nela é usado, transmitindo este, em geral, um forte aroma à cerveja bem como uma relativa acidez. Esta é uma excelente cerveja para acompanhar refeições ligeiras como pizzas e hambúrgueres, bem como sushi e saladas

American Strong Ale - Este é um estilo muito abrangente, que engloba uma grande quantidade de cervejas fortes com volume alcoólico superior a 7% e oriundas dos EUA. Muitas delas são parecidas com as English Strong Ale, apesar de, habitualmente, possuirem um maior teor de lúpulo. Independentemente das suas origens e das suas características, são no seu todo cervejas fortes, com grande presença de malte, lúpulo e, obviamente, álcool.

Baltic Porter - Durante o século XVIII, as Porters eram bem mais fortes do que o são hoje em dia, sendo que facilmente ultrapassavam os 7% de volume de álcool. Muitas cervejeiras inglesas faziam mesmo produtos mais fortes destinados à exportação, tendo como principal mercado os países em redor do Mar Báltico. Estas cervejas eram derivadas das Porter inglesas mas tinham também algumas influências das Russian Imperial Stouts, pelo que por vezes podem ser identificadas como Imperial Porters. É um estilo muito complexo,especialmente o sabor, com presença de chocolate e malte torrado, elaborado com lúpulo continental e malte de Viena ou de Munique. Apesar de tudo, é uma cerveja não muito pesada devido a uma boa presença de gás

Belgian Ale - Com raízes que remontam a meados do século XVIII, as Belgian Ale atingiram o seu estado de perfeição a seguir ao fim da 2ª Guerra Mundial. Actualmente são consideradas uma cerveja para todas as ocasiões, por oposição às Belgian Strong Ales, suas "parentes". Neste estilo nada deve ser muito pronunciado: o equilíbrio entre os diversos elementos é a chave do sucesso. Podem ir de um amarelo dourado até à cor de cobre, boa presença de frutas, malte e especiarias tanto no aroma como no sabor. Têm espuma branca, cremosa e não muito duradoura.

Brown Ale - São cervejas com bastante sabor, forte presença de lúpulo e muito habituais em pequenas explorações ou mesmo em produções caseiras. São similares às American Pale e American Amber Ales, diferindo destas por terem uma componente mais forte de caramelo e chocolate, que servem para equilibrar o lúpulo e o final algo amargo. A cor varia entre um castanho-avermelhado a castanho escuro e a espuma deverá ser creme e não muito duradoura. Possui menos álcool que uma Porter e tem, em geral, um sabor complexo e bem balanceado. Acompanha bem sobremesas, carnes e queijos

Cream Ale - As Cream Ale são uma versão ale das lagers americanas e surgem para combater no mesmo mercado que estas. São de aspecto claro e límpido, de corpo leve, forte presença de gás e com pouca ou nenhuma sensação de lúpulo quer no aroma, quer no sabor, o que faz com que tenham uma acidez média a reduzida. Por vezes pode-se saborear milho, que é misturado pelas cervejeiras em detrimento do uso de malte ou lúpulo.

para distinguir as cervejas deste tipo das Porter de Londres que eram mais fortes e escuras. De facto, as English Pale Ale clássicas não são muito claras, antes apresentando uma cor que varia entre o dourado e que pode ir até ao âmbar ou acobreado. A grande diferença deste estilo para as American Pale Ale será uma maior presença de malte no seu carácter, apesar das características amargas e secas do lúpulo também estarem presentes. São por isso excelentes para acompanhar qualquer tipo de prato de carne, desde bifes a pato, frango ou cabrito. Curiosamente, este estilo é, em termos de designação, practicamente inexistente para os ingleses pois para eles, uma English Pale Ale não passa de uma Bitter engarrafada. A sua origem deve ser procurada nos EUA, local onde este estilo tem muita procura e que, de certa forma, presta homenagem às Bitter inglesas, nomeadamente à mais conhecida: a Bass.

Golden/Blonde Ale - É um estilo muito genérico e com bastantes variantes. Uma das formas habituais será a tradicional Canadian Ale, muito parecida com a American Pale Ale, quer nas qualidades, quer principalmente nos defeitos: pouco malte e lúpulo, utilização de outros cereais menos nobres como arroz ou milho e um sabor e aroma muito neutrais. A interpretação britânica possui mais lúpulo e menos álcool que as congéneres norte-ameriacanas, pelo que são mais referscantes e amargas. São cervejas suaves, com bastante gás, espuma branca e corpo claro e límpido.

Imperial/Double IPA - As Imperial India Pale Ale (IPA) ou Double IPA, são uma adição recente à paleta de estilos de cerveja. Essencialmente é uma versão "musculada" duma IPA normal e acredita-se que teve a sua origem no Festival de Cerveja de Oregon, nos EUA, em 1996, altura em que foi apresentada a Rogue IPA. O estilo demorou algum tempo a impôr-se mas com a entrada do novo milénio assistiu-se a uma explosão na sua popularidade, com a apresentação de dezenas de novos exemplares, muitos deles bastante apreciados pelos conhecedores de cerveja. É ligeiramente mais escura que uma IPA, devido ao uso de malte em maiores quantidades, isso se explicando pela necessidade de equilibrar a cerveja que possui, em geral, quantidades quase absurdas de lúpulo. Tal dá-lhe um carácter amargo e refrescante, factores que ajudam a encobrir o volume de álcool que pode variar entre os 7,5% e os 10%. Há exemplares que se designam por Extra IPA ou Extreme IPA.

India Pale Ale - Feita para sobreviver às longas viagens entre a Inglaterra e a Índia, as India Pale Ale têm uma forte componenete de lúpulo, essencial para conservar a cerveja durante o máximo de tempo que se conseguisse. Curiosamente, os exemplares americanos conseguem ter um sabor e aroma ainda mais pronunciados a lúpulo, fruto do gosto dos consumidores desse país. A cor das cervejas deste estilo varia entre o amarelo dourado e o acobreado, sendo que o sabor é bastante intenso e refrescante, indicadas portanto para refeições condimentadas como chili e vindaloo. Infelizmente, o termo IPA é cada vez mais utilizado indiscriminadamente, sendo possível encontrar versões com menos de 4% ABV, algo que não se coaduna com a história deste estilo. Diferenciam-se das English Pale Ale e das Bitters por terem um sabor final com mais lúpulo e menos caramelo e frutos.

Irish Red Ale - As ales vermelhas da Irlanda são cervejas suaves, equilibradas e leves. A um início adocicado, segue-se o sabor típico do malte e um fim com cereais torrados, o que lhe dá uma carácter seco. Estas características podem ser acentuadas e, em consequência, adulteradas se a cerveja for servida muito fria. A sua cor avermelhada é obtida através da junção de malte de cevada, sendo que por vezes se utiliza milho, arroz ou mesmo açucar para suavizar o produto final. A presença de gás não é elevada, bem como a do álcool: entre 4% e 6% ABV. Eventualmente poderá surgir um exmplar mais forte, mas esse será mesmo a excepção à regra.

Kolsch - A designação Kolsch está protegida por lei e é exclusiva de pouco mais de 20 cervejeiras localizadas à volta da cidade alemã de Colónia (Koln). Servidas num esguio copo chamado de Stange, estas cervejas têm como curiosidade o facto de não serem boas para passarem por um processo de armazenamento muito longo. O sabor delicado e frutado tende a oxidar com facilidade, pelo que se recomenda um consumo rápido após a compra. As regras que definem este estilo são muito precisas e muitas das marcas que se auto-designam como klschbiers não o são na realidade. Bastante efervescentes e frescas, são feitas a partir do melhor lúpulo alemão (dos géneros Hallertau, Tettnang, Spalt ou Hersbrucker) e de água bastante leve

Mild Ale - Ligeiramente maltada e com pouco sabor e aroma a lúpulo, daí vindo a expressão Mild, estas cervejas são castanho-escuras e possuem pouco gás bem como pouca espuma. É um estilo que começa a rarear e, mesmo em Inglaterra, só a encontrará com facilidade na região das Midlands, perto da cidade de Birmingham

Milk/Sweet Stout - Este estilo de stout de origem inglesa, historicamente conhecido como Milk ou Cream, devido à utilização de lactose como adoçante, é de cor bastante escura, tendencialmente doce e possui um sabor com um toque a cereais torrados, o que faz com que se assemelhe a um expresso açucarado. Curiosamente, a designação Milk não é permitida em Inglaterra, apesar de ser corrente noutros países. É um estilo que produz uma espuma muito cremosa e duradoura, sendo que a presença de gás é baixa tal como o volume de álcool, que ronda os 4 a 6%

Northern English Brown Ale - As ales castanhas inglesas estão divididas em dois sub-estilos que se agrupam de acordo com considerações geográficas. Mais secas e com mais lúpulo do que as suas congéneres do sul, diferenciam-se também por terem um sabor mais a frutos secos e menos a caramelo. Têm cor âmbar escura a castanho-avermelhada, espuma pequena e pouco duradoura e sabor doce a malte e biscoitos.

Oatmeal Stout - Como muitas outras stouts, as Oatmeal também são originárias de Inglaterra. Variantes das Sweet Stout, diferem destas por serem menos doces e por darem mais importância à utilização de aveia em detrimento da lactose. De cor muito escura, sabor a malte torrado e aveia, corpo espesso devido ao uso deste último cereal e boa presença de gás, estas cervejas são bastante suaves e podem dar-nos a impressão que estamos a beber um chocolate quente ou mesmo um café com com natas açucaradas. A sua taxa de álcool varia entre os 4,2% e os 5.9% ABV

Old Ale - Mais um tipo de ale tradicional inglesa que é assim designado por passar por um processo de envelhecimento após a primeira fermentação - um processo similar às porters clássicas. Têm também a característica de poderem ser guardadas algum tempo antes de se consumir. A presença de álcool e o carácter encorpado e complexo, faz com que sejam uma excelente companhia nas frias noites de Inverno.

Scotch Ale - Apesar do nome, não irá encontrar muitos exemplares deste tipo de cerveja na Escócia. Caso procure nos Estados Unidos ou no Canadá terá, com certeza, mais sorte, apesar de aí as poder encontrar com a designação de Strong Scotch Ale ou Wee Heavy. Este estilo designa cervejas fortes, escuras, maltadas e que, usualmente, variam entre 6.5 a 8.5% ABV. Têm a particularidade de serem fermentadas a temperaturas mais baixas do que a maior parte das ales e, para além disso, possuem um carácter maltado e com pouca presença de lúpulo. Este facto faz com que sejam cervejas que não são aconselháveis para todo o tipo de refeições, apesar de as podermos beber como se de uma sobremesa se tratassem. O álcool têm, em geral, uma presença acentuada no sabor, o que ajuda a equilibrar um possível excesso de malte e de açucar.

Southern English Brown Ale - As Southern English ou "London-Style" são mais escuras e doces que as variantes do norte. Trata-se de um estilo quase em vias de extinção e que muitas vezes é confundido ou englobado noutros tipos de cerveja. O sabor é bastante complexo, característica dada pela forte presença de malte e de frutos, isto apesar do volume alcoólico ser relativamente baixo: entre 2,8 e 4,2% ABV.

Traditional Ale - É um estilo muito genérico, habitualmente utilizado para designar todos aqueles estilos antigos que cairam em desuso mas que devido a uma onda revivalista começam agora a aparecer nos bares e nas prateleiras dos supermercados. Dito isto, torna-se bastante difícil definir uma característica comum a todas as cervejas aqui englobadas. Representam, isso sim, um olhar saudoso ao passado e um renascer pelas antigas técnicas de produção de cerveja.

Wood-Aged Beer - Trata-se de um estilo tradicional, raramente utilizado pelas grandes empresas cervejeiras mas comum em pequenas explorações, onde é possível guardar a cerveja por longo tempo em barris de carvalho ou em cascos de outro tipo de madeira. Independentemente da cerveja base que seja utilizada, as características da madeira e, em caso de terem sido utilizados barris usados, da bebida que aí tenha estagiado, devem fazer-se sentir quer no aroma, quer no sabor. Este estilo é muito diversificado tendo em conta que se pode utilizar uma infinidade de cervejas base, sendo que a única faceta que as une é o envelhecimento em barris de madeira.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sobre as cervejas Lagers





As Lagers são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis por exemplo por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil.
Originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. Tem entre seus tipos mais conhecidos a Pilsener, tipo de cerveja originariamente criada no século 19 na cidade de Pilsen, região da Boêmia da República Tcheca, e que por isso muitas vezes é chamada de Pilsen ou Pils ao invés de Pilsener.
Os sub-tipos de Lager estão a seguir:

PALE LAGERS

Lagers claras, o que você mais vê por ai. São tantos sub-tipos que fica quase impossível decorar todos, portanto listaremos os mais facilmente encontrados:
  • PILSNER: a Pale Lager original, desenvolvida como receita da cerveja Pilsner Urquell. São caracterizadas por um lúpulo acentuado no aroma e sabor. Também chamadas de Pilsener e Pilsen. Podem aparecer em 2 estilos um pouco diferentes, principalmente devido à escola: Bohemian/Czech Pilsner , representada pela Pilsner Urquell e Budweiser Budvar/Czechvar, ambas Tchecas e meio difíceis de encontrar; German Pilsner, facilmente encontradas nas representantes Bitburger, Warsteiner, Konig Pilsener, Spaten Pils.
  • AMERICAN LAGER: cerveja leve e refrescante, feita para matar a sede e para serem bebidas bem geladas. É o tipo das cervejas mais populares dos Estados Unidos, com exemplos como Budweiser, Coors e a australiana Foster's. A maioria das cervejas populares no Brasil, como Brahma, Skol, Kaiser e Antarctica, são American Lagers, mesmo que elas se intitulem no rótulo e descrição no verso como Pilsen, talvez até devido a convenção nacional para a classificação de cervejas.
  • PREMIUM: de cervejas um pouco mais lupuladas e mais maltadas que as Standard Lagers, tem como exemplos a Stella Artois, Heineken e Miller Genuine Draft, facilmente encontradas. Aqui no Brasil, são representadas pela Cerpa, Bavaria Premium, Brahma Extra, Gold e outras variações das marcas mais conhecidas. Mas cuidado. Em alguns casos a palavra Premium vem sendo usada para diferenciar cervejas que suas cervejarias desejam promover em especial, não sendo necessariamente uma Premium de verdade. Em alguns casos, pode simplesmente significar Lagers com graduação alcoólica acima de 5%.
  • LITE: variação ainda mais leve que a American Lager, oferecida muitas vezes sob o nome Light ou Lite
  • RADLER: Qualquer Pale Lager misturada com uma limonada típica alemã, chamada de Zitronenlimonade. Geralmente a proporção cerveja/suco é de 50/50 ou 60/40.

DARK LAGERS

Lagers escuras também são bastante comuns. Três estilos são os mais comuns e facilmente encontrados aqui no Brasil:
  • MUNCHNER DUNKEL: Dunkel significa escura em alemão, portanto as cervejas Dunkel são cervejas escuras-avermelhadas, produzidas originalmente em Munique, por isso o nome Munchner. Eram as únicas cervejas da região da Baviera, antes da chegada das tecnologias que tornaram possível a criação de cervejas claras. Possuem sabor maltado. Exemplos comuns são Warsteiner Dunkel e Hofbräu München Dunkel.
  • SCHWARZBIER: A famosa cerveja preta. Deve ser preta e não somente escura como a Dunkel. A mais antiga da qual se tem documentação é a Kostritzer, de 1534 e feita até hoje. Agora, o tipo é muito comum em todo mundo. No Brasil, pode ser encontrada como Petra Premium, Eisenbahn Dunkel e Bamberg Schwarzbier. É uma cerveja suave, com aromas que remetem ao café e ao chocolate. Também é fácil notar a presença de maltes tostados. Não é esperado que apresente qualquer sabor frutado, sendo mais seca. Também não é doce, portanto não confunda com cervejas do tipo Malzbier brasileiras.
  • MALZBIER: Cerveja escura e doce, de graduação alcoólica baixa, na faixa dos 3 a 4,5%. Muito famosa no Brasil, não possui muitos correspondentes fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem é tratada mais de cerveja e sim bebida energética. Inclusive é pouco classificada em outras fontes, caindo normalmente no grupo de "outras cervejas com baixo teor alcoólico", já que a Malzbier original não chegava nem a 1% de álcool, pois quase não tem fermentação. Quase toda cervejaria brasileira tem sua versão, portanto basta procurar por Brahma Malzbier, Antarctica Malzbier, NovaSchin Malzbier e assim por diante. Trata-se de uma american pale lager na qual, após a filtração, são adicionados caramelo e xarope de açúcar, ai a coloração escura (que não vem do malte tostado) e o sabor adocicado.

VIENNA

O estilo Vienna é originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, tem corpo médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação acoólica entre 4,5 e 5,7%. Um exemplo é a mexicana Negra Modelo, a Dos Equis Ambar e a Samuel Adams Vienna Style Lager.

BOCK

A palavra Bock é resultado da quebra da palavra EinBeck, cidade natal deste tipo de cerveja. Em alemão também significa cabrito. Por isso algumas cervejas colocam imagens deste animal em cervejas do tipo Bock.
Por tradição são avermelhadas, mas podem ser também de cor marrom. Possuem um complexo sabor maltado devido às misturas de maltes de Viena e Munique. A graduação alcoólica é alta, indo normalmente de 6% nas Bocks Tradicionais até 10% nas Doppelbock e 14% nas Eisbock, tipos diferentes de Bock. Outra variação de Bock é a Maibock ou Helles Bock, uma bock clara, de até 7,4% de álcool.
Exemplos de Bock são a Kaiser Bock, velha conhecida dos brasileiros, e a Paulaner Salvator, uma doppelbock.

MARZEN

Produzidas na Bavaria durante o mes de março (März em alemão) especialmente para a Oktoberfest, as Märzen podem ser claras ou escuras e ficam entre 4,8 a 5,6% de álcool.
Também é chamada de Oktoberfestbier. Chamadas de "As Grandes 6", as cervejarias que produzem este tipo são: Augustinerbräu, Hacker-Pschorr, Hofbräuhaus, Löwenbräu. Paulaner e Spaten.

KELLER e ZWICKEL

A Keller e a Swickel são cervejas pouco comum, não são filtradas (portanto turvars) nem pasteurizadas (servidas na pressão e não engarrafadas), e ficam maturando de maneira exposta, sem cobertura. Pode ser bem amarga e tem álcool médio.

MALT LIQUOR

Malt Liquor é um termo surgido nos Estados Unidos para classificar as lagers fortes que têm alto teor de álcool devido à adição de açúcar, enzimas ou outro ingrediente em complemento ao malte . Geralmente são licorosas no paladar e não muito amargas, pois em muitos casos nem levam lúpulo. Não devem ser confundidas com as cervejas do tipo Barley Wine, que apesar de também fortes no álcool, alcançam tal graduação devido às técnicas europeias sem adição de açúcar ou enzimas.
Também são chamadas de Super Strenght Super Forte. Um exemplo é a Amsterdam Maximator, com 11,6% de álcool, e a Bavaria 8.6.

Historia da cerveja





Historicamente, a cerveja já era conhecida pelos antigos sumérios, egípcios, mesopotâmios e ibéricos, remontando, pelo menos, a 6000 a.C. Aagricultura surgiu na Mesopotâmia em um período entre a revolução do Neolítico e a Idade dos Metais. A mais antiga lei que regulamenta a produção e a venda de cerveja é a Estela de Hamurabi, que data de 1760 a.C. Nela, se condena à morte quem não respeita os critérios de produção de cerveja indicados. Incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja, relacionando direitos e deveres dos clientes das tabernas. 9 O Código de Hamurabi também estabelecia uma ração diária de cerveja para o povo da Babilônia: 2 litros para os trabalhadores, 3 para os funcionários públicos e 5 para os administradores e o sumo sacerdote. O código também impunha punições severas para os taberneiros que tentassem enganar os seus clientes.
A notícia mais antiga que se tem da cerveja vem de 2600 a 2350 a.C. Desta época, arqueólogos encontraram menção no Hino a Ninkasi, a deusa da cerveja, de que os sumérios já produziam a bebida. Já na Babilônia dá-se conta da existência de diferentes tipos de cerveja, originadas de diversas combinações de plantas e aromas, e o uso de diferentes quantidades de mel.
Posteriormente, no antigo Egito, a cerveja, segundo o escritor grego Ateneu de Náucratis (século III d.C.), teria sido inventada para ajudar a quem não tinha como pagar o vinho. Inscrições em hieróglifos e obras artísticas testemunham o gosto deste povo pelo henket ou zythum, apreciado por todas as camadas sociais. Até um dos faraós, Ramsés III (1184-1153 a.C.), passou a ser conhecido como "faraó-cervejeiro" após doar, aos sacerdotes do Templo de Amon, 466 308 ânforas ou aproximadamente um milhão de litros de cerveja provenientes de suas cervejeiras.
Praticamente qualquer açúcar ou alimento que contenha amido pode, naturalmente, sofrer fermentação alcoólica. Assim, bebidas semelhantes à cerveja foram inventadas de forma independente em diversas sociedades em redor do mundo. Na Mesopotâmia, a mais antiga evidência referente à cerveja está numa tabua sumeriana com cerca de 6 000 anos de idade na qual se veem pessoas tomando uma bebida através de juncos de uma tigela comunitária. A cerveja também é mencionada na Epopeia de Gilgamesh. Um poema sumeriano de 3 900 anos homenageando a deusa dos cervejeiros, Ninkasi, contém a mais antiga receita que sobreviveu, descrevendo a produção de cerveja de cevada utilizando pão.
A cerveja teve alguma importância na vida dos primeiros romanos, mas, durante a República Romana, o vinho destronou a cerveja como a bebida alcoólica preferida, passando esta a ser considerada uma bebida própria de bárbaros. Tácito, em seus dias, escreveu depreciativamente acerca da cerveja preparada pelos povos germânicos.
Na Idade Média, vários mosteiros fabricavam cerveja, empregando diversas ervas para aromatizá-la, como mírica, rosmarinho, louro, sálvia, gengibre e o lúpulo, este utilizado até hoje e introduzido no processo de fabricação da cerveja entre os anos 700 e 800. O uso de lúpulo para dar o gosto amargo da cerveja e para preservá-la é atribuída aos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça.11 Houve um tempo em que o papel da levedura na fermentação era desconhecido. Na época dos Vikings, cada família tinha sua própria vara de cerveja que eles usavam para agitar a bebida durante a produção. Estas varas de cerveja eram consideradas herança de família, porque era o uso da vara que garantia que a cerveja daria certo. Hoje em dia, sabe-se que estas varas continham uma cultura de levedura. A Lei da Pureza Alemã de cerveja de 1516 - aReinheitsgebot - definia os únicos materiais permitidos para fabricação de cerveja como sendo malte, lúpulo e água. Com a descoberta do fermento e de sua função no final da década de 1860 por Louis Pasteur, a lei teve que ser alterada. 12
A maior parte das cervejas, até tempos relativamente recentes, eram do tipo que agora chamamos de ales. As lagers foram descobertas por acidente no século XVI, quando a cerveja era estocada em frias cavernas por longos períodos; desde então, elas ultrapassaram largamente as cervejas tipo ale em volume. O lúpulo é cultivado na França desde o século IX. O mais antigo escrito remanescente a registrar o uso do lúpulo na cerveja data de 1067 pela abadessa Hildegarda de Bingen: "Se alguém pretender fazer cerveja da aveia, deve prepará-la com lúpulo." Noséculo XV, na Inglaterra, a fermentação sem lúpulo podia dar origem a uma bebida tipo ale - o uso do lúpulo torná-la-ia uma cerveja. A cerveja com lúpulo era importada para a Inglaterra (a partir dos Países Baixos) desde cerca de 1400, em Winchester. O lúpulo passou a ser cultivado na ilha a partir de 1428. A Companhia dos Fabricantes de Cerveja de Londres foi longe a ponto de especificar que "nenhum lúpulo, ervas, ou coisa semelhante será colocada dentro de nenhuma ale ou bebida alcoólica enquanto a ale estiver sendo feita - mas somente um licor (água), malte e uma levedura". Contudo, por volta do século XVI, "ale" veio a referir-se a qualquer cerveja forte, e todas as ales e cervejas continham lúpulo.
No idioma eslavo, a cerveja é chamada piwo (pronuncia-se "pivo"), do verbo pic (pronuncia-se "pítch"), "beber". Por isso, piwo pode ser traduzido como "bebida", o que demonstra a importância que lhe é concedida.
O Kalevala, poema épico finlandês coligido na forma escrita no século XIX mas baseado em tradições orais seculares, contém mais linhas sobre a origem da fabricação de cerveja do que sobre a origem do homem.
Em 2013, foi desenvolvido pela primera vez sorvete e ovo de páscoa  a partir de cerveja

Apresentação

Ai Galera
Este blog é para os apreciadores de cervejas
Vou passar um pouquinho do meu conhecimento e falar sobre cada modelo de cerveja.

Um grande abraço